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Entrevista: Fabi



Movimento Escalada - Fale um pouco sobre a sua história no Movimento: Como entrou no Movimento? Quando fez encontro? Fez o encontro de que paróquia? Já coordenou o Movimento? Quando? Quando se tornou Conselheiro?

Fabi - Sou jornalista e em 2002 logo após me formar comecei uma especialização e foi quando conheci Carla Ferreira, carinhosamente apelidada Carlinha, foi identificação mútua. Descobrimos que éramos católicas e tínhamos estudado na faculdade de comunicação da UFBA. Um dia ela virou para mim e falou, você deveria fazer Escalada. Ali nasceu o primeiro convite. Em 2004, finalmente consegui me inscrever e na primeira reunião preparatória cheguei ao colégio Antônio Vieira, levando a tiracolo outra grande amiga, Nanda Santana, havíamos feito faculdade juntas, local onde nasceu uma grande amizade. Pois bem, em 2004, fiz a 11ª Escalada Master e antes da primeira reunião do zonal na quarta, fui a reunião do Arauto na segunda. Frequentava a Nossa Senhora da Luz na Pituba e desde que entrei no Escalada tornei-se paroquiana ativa. Coordenei o movimento em 2008 e 2009, com Daniel Vaz e Carol Negredo, respectivamente, dois grandes e queridos amigos. Foi um susto, em 4 anos chegar à coordenação do Movimento, foi um SIM a Deus e ao Movimento que naquele momento precisava de mim. Foram dois anos de muito


Fabi e Carol

aprendizado, onde tive a oportunidade de lidar com adversidades, com pessoas com personalidades diferentes mas que tinham dois importantíssimos pontos em comum comigo, a FÉ e o amor ao Movimento. Quando você está coordenadora geral automaticamente entra para o Conselho, grupo que te oportuniza a viver um sim pleno entre irmãos que apesar de diferentes vivem e trabalham para o bem comum.

MV - Qual a importância do Movimento Escalada em sua vida, depois de tantos anos de dedicação a ele?


30 anos - 2008

Fabi - O Movimento foi um divisor em minha vida. Nasci em uma família católica, estudei em colégio de freiras a vida toda, onde recebi os sacramentos da iniciação e vivi uma fé muito viva com meus colegas, frequentávamos retiros, fazíamos vigílias. Mas quando a escola acabou e entrei na faculdade me senti órfã, ainda que fosse à missa todo o domingo e continuasse minhas orações diárias, sentia falta de estar junto com outros jovens, de viver em comunidade. O Escalada preencheu essa lacuna e sou muito feliz por isso.

MV - Escolha um ou dois (no máximo) momentos marcantes na sua vida dentro do Escalada. Nos conte com detalhes esta experiência.

Fabi - Como falei anteriormente o projeto Arauto foi minha primeira acolhida e é um projeto que tenho um carinho especial. As reuniões eram experiências maravilhosas e era onde eu colocava minha profissão a serviço, sou jornalista e desde sempre ofereço meus dons a serviço do Reino de Deus. Mas teve um momento específico vivido nesse projeto que foi bastante marcante, o "Dorme Arauto". Éramos poucos braços e muito trabalho, como ouvimos todo domingo na missa, "a messe era grande, mas os operários eram poucos". Sempre ouvia uma história antiga do PO que eles criaram o "Acorda PO" para motivar o grupo que na época estava precisando de novo fôlego. Em uma das nossas reuniões, nas nossas inúmeras brincadeiras, porque nosso projeto sempre foi recheado de muito amor e sorrisos, eu falei que a gente andava cansado demais e que enquanto o PO precisava acordar, nós precisávamos dormir e assim surgiu o "Dorme Arauto". Era 2005, resolvemos que nos dias 2 e 3 de abril faríamos o Dorme Arauto. Bem, Nanda Santana chegou na minha casa no sábado para seguirmos juntas para Vilas do Atlântico, nosso querido Papa João Paulo II já estava com a saúde bem fraca e neste dia veio a falecer. Lembro que ficamos coladas na TV esperando a notícia e assim que saiu a confirmação oficial da sua morte, fizemos um texto para publicar no site do movimento, só então seguimos para o nosso encontrão. Resultado, chegamos super atrasadas e a piada era, a gente trabalha tanto que até para dormir a gente se atrasa..rs.. Enfim, todos reunidos naquele sábado, usamos o restante do dia para fazer o planejamento anual do projeto para só então à noite nos confraternizarmos e mais resenha surgiu daí. Leo (Leopoldo Arthur) e Peu (Cohen), também conselheiros, assumiram a cozinha para fazer a farofa do churrasco, só que a margarina que eles compraram não derretia por nada. Quando fomos ler a embalagem, dizia: não recomendável para uso culinário, mais resenha..........hahahahahaha............. No domingo cedo, nossa outra jornalista, Carlinha precisou sair mais cedo porque cobriria pelo jornal A Tarde, a repercussão da morte do Papa, ou seja, de dormir não teve nada, foi um final de semana recheado de trabalho, mas acima de tudo, um serviço cristão, um servir sem hora marcada, porque no fim de tudo, essa era nossa verdadeira missão. "O que vos digo na escuridão, dizei-o à luz do dia; e o que se vos diz ao ouvido, proclamai-o do alto dos telhados", Mt10,27. O final de semana foi marcante e inesquecível e somos eternamente ARAUTO. Um outro momento marcante para mim foi a primeira vez que trabalhei em encontro. Foi a 13 Master - Sinais. Um grupo muito unido e harmônico, com a presença de Rogério Boon na equipe, momento de crescimento e fortalecimento da fé. Trabalhar pela primeira vez em uma equipe é um momento muito especial e significativo. Foi nesta equipe que comecei a entender a dimensão e importância do sacramento da Reconciliação. Dessa primeira equipe surgiu também minha primeira viagem missionária para participar de um encontro na cidade de Itabuna e logo depois surgiu o convite para entrar no Grupo de Coordenação. Um ano de bênçãos e cheio de Sinais, assim, como o nome do encontro.

MV - O que mudou da sua visão a respeito do Escalada de quando você era jovem pra hoje?

Fabi - Eu acho que a principal mudança proporcionada pelo Escalada foi de que juntos somos capazes de realizar muito mais do que eu imaginava que o ser humano seria capaz. O Escalada me motivou a enfrentar desafios e me mostrou que sou capaz de vencê-los.


Grupo de Coordenação 2007

MV - Quais são os desafios que você acha que o Escalada tem que conquistar no futuro? Quais os próximos passos a serem dados?

Fabi - A cada vez que o mundo evolui, novos desafios vão surgindo. Acho que o maior desafio é estar sempre a frente do tempo, sem perder os olhos do essencial que é Jesus Cristo. As novas tecnologias chegaram e o Movimento soube se adaptar com muita sabedoria e tenho certeza que a preparação dos mais jovens unidos a experiência dos mais velhos farão com que o Movimento esteja preparado para os desafios que surgirem no futuro. Um próxima passo é romper novas barreiras na evangelização, está na hora de colocar o pé na estrada novamente e sair em missão, ir sem medo servir. Alcançar outros jovens e levá-los a mergulhar em águas mais profundas.

MV - Escreva em uma frase, apenas uma frase, o que é o Escalada para você.

Fabi - O Escalada para mim é serviço em forma de amor sem dia ou hora marcada.

MV - Você já indicou o Escalada pra alguém? O que você falaria ou já falou pra convencer alguém a fazer um encontro do Escalada?

Fabi - Já indiquei algumas vezes. O Escalada proporciona o encontro com Cristo, desperta o amor mais puro que só um Deus de Amor pode nos proporcionar. O Escalada desperta a alegria em servir, em fazer o bem, uma alegria que somente Deus pode proporcionar.

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